terça-feira, 13 de abril de 2010

Mais de metade dos idosos portugueses pode vir a sofrer de perdas auditivas

60% da população nacional com mais de 65 anos vai padecer de uma deficiência auditiva, até 2015. Os dados foram avançados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e estão relacionados com factores como o aumento da esperança média de vida e a elevada exposição ao ruído. Irritabilidade, desconfiança ou hipersensibilidade nas relações com terceiros, dificuldade em ouvir consoantes de alta frequência (sons agudos), queixas de que as outras pessoas falam “entre dentes”, pedidos frequentes para repetição ou equívocos ou queixas de zumbido no ouvido são alguns dos principais sintomas da doença.“Sabemos do impacto que as perdas auditivas têm na qualidade de vida da população, sobretudo dos mais idosos, e por isso procuramos desenvolver ajudas que não soem como aparelhos auditivos, mas antes como se o doente estivesse a ouvir pelos seus próprios ouvidos. Tendo em conta os inúmeros avanços tecnológicos dos últimos anos não é normal que as pessoas permaneçam num estado que só se poderá degradar. É quase como se os míopes se recusassem a usar óculos e, portanto, se recusassem a ver bem” explica Jaime Ramalho, Director da GAES em Portugal.Actualmente, já existem ajudas auditivas, de pequena dimensão e bastante cómodas que oferecem níveis de audibilidade nunca antes alcançados - até 25dB de ganho auditivo acrescido – bem como uma percepção de voz melhorada, sem distorção do sinal, ou diminuição da qualidade sonora. Tratam-se de próteses, na vanguarda tecnológica, que são excelentes na anulação do feedback, isto é, na eliminação de ruídos – um dos aspectos a que os doentes atribuem maior importância. A OMS define a deficiência auditiva como um termo amplo utilizado para descrever a perda de audição num ou em ambos os ouvidos. Existem diferentes níveis de deficiência auditiva, sendo que o nível de comprometimento pode ser leve, moderado, severo ou profundo. No caso dos idosos, a perda auditiva ocorre, regra geral, devido à degradação de umas terminações nervosas denominadas células ciliadas, que conduzem os impulsos sonoros para o cérebro. A perda ocorre gradualmente devido ao processo de envelhecimento (conhecido por presbiacúsia).

Fonte: Jornal Regional Maiahoje

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