terça-feira, 17 de novembro de 2009

Salvador novamente em acção!

Filipe Nascimento é o convidado de Salvador Mendes de Almeida no próximo programa que vai para o ar esta segunda-feira, dia 16, pelas 21h00, na RTP1. Com trinta e três anos, Filipe Nascimento é engenheiro e acredita que se "consegue sempre seguir em frente". Há 15 anos numa competição de motas todo o terreno, Filipe sofreu o acidente que o deixou paraplégico. Foi o primeiro piloto paraplégico a tirar a licença de parapente em Portugal.
No programa, Salvador desafia o seu convidado a fazer um mergulho de 25 metros de profundidade no arquipélago das Berlengas. Filipe sempre foi amante dos desportos radicais e diverte-se com esta experiência onde pode estar em contacto com a incrível diversidade biológica existente no fundo do mar.
O programa “Salvador”, concebido e produzido pela Mandala, aborda de uma forma inovadora o tema da deficiência motora. Em horário nobre da RTP1, atingiu na semana passada um share de 20% e voltou a ser elogiado pela crítica.
O site www.salvador.sapo.pt, permite aceder às emissões anteriores do programa, vídeos integrais das entrevistas, fotos extra de making of e comentários. Convida também os internautas a habilitarem-se a uma aventura radical adaptada através do passatempo, Experiências Salvador.
Artigo do Jornal Alvorada on-line

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Acreditar nos sonhos: Madalena d'Orey

"Ela canta, ela bate palmas, ela levanta o moral. Ela lembra a hora dos remédios, ela liga para as familias, ela toma as decisões do grupo. Assim é Madalena d'Orey, de 38 anos, sempre que sai em grupos com crianças. Assim foi durante 10 anos nos campos de férias da Acreditar (Associação de Pais Amigos de crianças com cancro). A ex-gestora de empresas tornava-se gestora de miudos surpreendidos pela doença.
Foi em 1993. Um grupo de pais e médicos desafiou-a a estar na equipa fundadora da Acreditar, e ela percebeu que tinha chegado o dia. Era altura de retribuir uma dávida antiga. "Tive cancro aos 10 anos." Na altura em que fiquei doente, não se falava em cancro infantil, não havia. Cancro era sinónimo de morte e, por isso, foi um verdadeiro milagre ter sobrevivido."
(...)
O convite para fundar a Acreditar fez, por isso mesmo, todo o sentido. Madalena d'Orey tinha 22 anos e achou logo que aquela associação fazia todo o sentido. (...)
Na altura em que teve o convite, Madalena tinha acabado o curso de gestão e trabalhava no Santander. No tempo livre, apoiava as crianças e as familias no Hospital. Logo depois, começou a organizar os campos de férias dos miudos e o trbalho não parou de crescer (...).
De todas as crianças que lhe passaram pela vida, é dificil destacar uma. Madalena desfia um novelo delas, descreve os seus risos, a luz do seu olhar nos momentos de alegria, a força que as fez dar a volta por cima ou a forma corajosa com que viveram os últimos dias de vida. (...)
Madalena aprendeu muito com os 10 anos de dedicação à Acreditar. (...)
Não é só o cancro propriamente dito que Madalena d'Orey trato por tu. É também a parte psicológica, o medo, a vertigem da morte ali tão perto. (...)
Durante os 10 anos em que esteve em dedicação exclusiva à Acreditar, Madalena sabia que havia de chegar o dia em que tinha de abrandar. (...)
Frederico Fezas Vital, fundador da associação Terra dos sonhos (uma associação que tem como objectivo a realização de sonhos de crianças com doenças crónicas e/ou terminais), convidou-a pra se juntar ao projecto. (...)
Apesar de estar nos bastidores, Madalena não quis deixar de participar na primeira viagem da terra dos sonhos. No natal do ano passado, viajou com 10 crianças até à Lapónia, a terra do pai natal. (...)
Madalena de d'Orey é feliz assim. A ajudar quem precisa. A realizar sonhos, sejam eles grandes ou pequenos. É a sua forma de retribuir a dádiva.
Artigo de: "Selecções", texto de Sónia Morais Santos

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Espinal dorsal pode ser restaurada com nano esferas

Investigadores na Universidade de Purdue, no Indiana (EUA), descobriram uma nova abordagem para reparar fibras nervosas danificadas na espinal-medula usando nano esferas que podem ser injectadas directamente no sangue, logo após um acidente.
As ‘copolymer micelles’ sintéticas são constituídas por 60 nanómetros de diâmetro e são cem vezes mais pequenas do que um glóbulo vermelho. A investigação liderada por Ji-Xin Cheng, professor associado do departamento de Química da Weldon School of Biomedical Engineering, da Universidade de Purdue, foi publicada ontem, no «Nature Nanotechnology».As ‘micells’ podem ter outras aplicações, como tratamento de cancro, por exemplo. As esferas já são usadas há mais de 30 anos como veículo de transporte de medicamentos, mas nunca tinham sido utilizadas directamente como medicina para um tecido danificado. Um grave ferimento na espinha dorsal resulta numa ruptura da membrana neuronal, seguindo-se processos neuro-degenerativos secundários extensos, mas a reparação terá mais probabilidades de sucesso se for imediata. As esferas podem combinar dois tipos de polímeros, um hidrofóbico e outro hidrófilo, ou seja, um que pode ser misturado com água e o outro não, mas este tem a possibilidade de ser carregado com fármacos para tratar doenças. Um dos agentes mais usados é o ‘polyethylene glycol’ (PEG) e, segundo estudos levados a cabo na Universidade de Purdue, o PEG têm trazido grandes avanços no tratamento de danos na espinha de animais, já que “ataca” especificamente as células danificadas e sela a área ferida, reduzindo a possibilidade de futuros problemas. O 'polyethylene glycol’ tem ainda uma função importante na restauração de células. O estudo foi feito em ratos com a espinha dorsal danificada, para a tese de doutoramento de Yunzhou Shi, orientada por Cheng e ficou provado que reduz eficazmente a inflamação da lesão e que os animais podem mesmo recuperar a capacidade de locomoção.